Embora a Comissão de Direitos Humanos da ONU tenha iniciado seus trabalhos com o fim de juridicizar a DUDH em um único Pacto que abrangesse, tanto os direitos civis e políticos, quanto os direitos econômicos, sociais e culturais, a influência dos países ocidentais levou a aprovação de doi pactos distintos, que foram aprovados e abertos para asssinatura simultaneamente, como forma de enfatizar a unidade dos direitos nele previstos.
Não obstante, a indivisibilidade e a unidade dos direitos humanos contiuavam sendo afirmadas pela ONU, sob a fundamentação de que os direitos sociais e políticos só poderiam existir de fato se fossem também garantidos os direitos econômicos sociais e culturais e vice-versa.
Um dos maiores argumentos trazidos pelos países ocidentais para justificar a aprovação de dois pactos é o de que os direitos teriam natureza diversa e demandariam formas de implementação diferentes. Enquantos os direitos civis e políticos seriam auto-aplicáveis, os direitos econômicos, sociais e culturais demandariam implementação progressiva, pois teriam natureza "programática". Os países socialistas rebateram essas alegações, dizendo que a depender do regime os direitos econômicos, culturais e sociais poderiam ser auto-aplicáveis, enquantos os civis e políticos demandar implementação progressiva. Esses países temia que a aprovação de dois pactos levasse a uma diminuição dos direitos econômicos, sociais e culturais. No entanto, ao final, prevaleceu a posição dos países ocidentais.